sábado, 19 de janeiro de 2013

Jean Wyllys e Garotinho - Prostituição, legalizar ou não?


Autor de um projeto de lei que pretende legalizar a prostituição, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL) afirmou que 60% dos homens do Congresso usam os serviços de prostitutas. A declaração de Wyllys foi feita em entrevista ao portal iG, ao avaliar qual seria a chance de sua proposta ser aprovada, uma vez que o tema é tabu para a maioria dos deputados.
A frase não foi bem recebida por representantes da bancada evangélica, que pretendem trabalhar pelo arquivamento da proposta. “Se ele (Wyllys) sabe quem faz isso, por uma questão de responsabilidade eu o desafio a dizer os nomes dos deputados que vão aos prostíbulos”, disparou o deputado federal Anthony Garotinho (PR), vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica.
Em seu blog, Garotinho comentou sobre a polêmica: “Pena que o deputado Jean Wyllys tão empenhado em legalizar a prostituição e dar vantagens às ‘profissionais do sexo’ não tenha mostrado a mesma disposição para defender os royalties do Rio de Janeiro. Nem apareceu para votar na hora decisiva. Disse que tinha compromissos no Rio. Eu sei que vou ser chamado de reacionário, de conservador, podem dizer o que quiserem. Mas eu tenho o direito de discordar. Isso é um princípio básico da democracia: o confronto de ideias. No Brasil o patrulhamento de alguns setores da sociedade com o apoio da mídia tenta demonizar todos aqueles que têm opiniões contrárias quando se trata do aborto, do homossexualismo, da prostituição e das drogas. Ou você bate palmas para tudo isso ou então será chamado de preconceituoso e acusado de não respeitar a diversidade. Ora a diversidade é justamente o conjunto de posições diferentes”, disse Garotinho.
Segundo Jean Wyllys, “há uma demanda pelo serviço sexual das prostitutas e dos prostitutos, pois a prostituição não é só feminina. Essas pessoas existem, elas são sujeitos de direitos. As prostitutas se organizaram em um movimento político nos anos 70 e início dos anos 80, um movimento que no Brasil foi encabeçado principalmente pela Gabriela Leite, fundadora da grife Daspu e presidente da ONG Da Vida. O projeto é um esforço de atender à reivindicação deste movimento”.

Fonte: Folha de S. Paulo

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