Gritar ou articular? |
Essa luta pelos royalties do petróleo tem sido uma
verdadeira aula sobre estratégias políticas após uma derrota. Gritar ou
articular? Pressionar ou simular? Fazer ou ameaçar? Estamos tendo a oportunidade de ver reações de todos os tipos. O governador Sérgio Cabral (PMDB), como ressaltou o Esdras Pereira em seu blog acertou em sua estratégia de segurar o ímpeto dos deputados que pretendiam derrubar o seu próprio veto à Taxa do Petróleo. Nessa espera pela decisão do STF, não é um bom momento de colocar mais lenha na fogueira.
O movimento, articulado pela base aliada e em
sintonia com o governador, tomou agora o rumo da prudência. O Executivo
entende que uma aprovação das novas normas poderia levar o Supremo
Tribunal Federal (STF) a interpretar que o Rio “resolveu seus problemas” e, assim, não haveria necessidade de derrubar a decisão do Congresso.
A estratégia de Cabral foi a de, primeiro, causar
impacto com a repercussão das decisões extremas – como suspensão de
pagamentos e criação de dificuldades para a indústria do petróleo. A
segunda fase do movimento, iniciada agora, é a de aliviar a pressão para
conseguir no STF uma decisão contrária à redistribuição dos recursos de
campos já licitados.
Outro sinal de racionalidade nas articulações foi a
decisão de Cabral de liberar os pagamentos das áreas da Educação e Saúde
no próximo dia 18 de março.
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